Tipização da vida

Essa semana, aproveitando as férias, eu combinei com alguns amigos de nos reencontrar para conversar, nos ver, enfim, matar as saudades depois de muito tempo.Até aí, tudo bem. Foi então que no meio da “partida” de sinuca que um deles falou para mim: “Que pulseirinha rosa é essa?”. Eu respondi “Ué, é uma pulseira rosa! O que tem de mais?”. A réplica: “É rosa!”.



O caso da minha pulseira rosa exemplifica um tema mais comum do que parece e que chamarei do “tipização” da vida. Não pretendo criar um verbete no Dicionário com essa palavra, mas eu tinha que dar um nome para poder me referir.
A tipização da vida se refere a certos preconceitos que temos (eu também me incluo) para com certas coisas, situações, ações, estilos, etc.
Para não ficar muito difícil de entender, voltemos à minha pulseira rosa.
Esse meu amigo, através do que ele disse, deu a entender que homem não deve usar nada da cor rosa, pois não é adequado.

E esse pensamento se repete similarmente para tantas outras coisas, como por exemplo: usar roupas pretas é sinal de alguém gótico ou emo; corintianos são bandidos, são paulinos “bambis”; cabeleireiros, maquiadores, estilistas são veados; etc...
Mas eu pergunto: quem definiu isso como uma regra a ser seguida?
Não quero dizer que não hajam pessoas que usam preto que são emos, ou que não hajam maquiadores gays, mas não deveríamos pensar: “Se fulano torce para o São Paulo com certeza é veado!”.

A tipização (que nada mais é do que um preconceito) deve ser combatida por cada um de nós, pois podemos incorrer em erros muito facilmente com esse tipo de pensamento.
Para usar de um exemplo extremo, vejamos o que fez Adolf Hitler: definiu e convenceu várias pessoas de que os judeus eram um “problema a ser combatido”. Bom, o resultado, acho que todos sabemos qual foi...

Meus pais me ensinaram: “Não julgue para não ser julgado”.

5 comentários:

Marcos disse...

Realmente encontramos muito esse tipo de coisa, pessoas que simplesmente nos julgam pelo que usamos ou pelo que temos!

Como diria Einstein: "Hoje em dia é mais fácil quebrar um atômo, do que o preconceito"

Parabéns pelo Post!

Abraço!
Até!

LeiaNóis? disse...

gente desse tipo ta cheio por ai.

que pena né!

um abraço e parabens pelo blog

Spertnez disse...

Concordo com você.
Para isso mudar não basta nós apenas ignorar quando o alvo da tipização somos nós, mas é preciso debater com quem pratica isso. As vezes, nem é por maldade da pessoa, mas como já se tornou algo banal e corriqueiro as pessoas acompanham a idéia como se fosse uma novela.
Suas análises são dignas de aplausos.

Recebi um selo no meu Blog e indiquei o seu para também recebe-lo. Se interessar passa la depois e veja. Não conhecia este procedimento, mas achei muito legal.

abraço.

bbros7 disse...

Obrigado por tudo!
Espero poder retribuir a vocês...

Abraços!

Anônimo disse...

Bem, podemos até ter preconceitos, mas quem não suspende os 'a priori' para se relacionar com o outro está matando qualquer possibilidade.. Diga-se de passagem, preconceito é algo que sempre existirá no ser humano, pois somos humanos, demasiado humanos, e não devemos tentar combatê-lo (pois é inútil, ele está em tudo e em todos), mas suspendê-lo no momento de olhar o outro.

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