Preconceito cultural

Essa semana minha família estava planejando ir ao cinema.
Então, fomos ver a lista de filmes em cartaz: Transformers 2, Divã, Terminator 4, Uma noite no museu 2 e Mulher Invisível.
Foi então que ouço o seguinte comentário: "Então só tem Transformers, Exterminador do Futuro e Uma noite no museu?". E falei: "Não! Tem também Divã e Mulher Invisível". E a réplica: "Mas são nacionais!".
Ou seja, filme nacional = filme ruim? Não!
Não sei o por quê das pessoas rotularem os filmes nacinais com flimes ruins mesmo sem vê-los. Isso é um desrespeito com todos os envolvidos na produção do filme e também com a indústria cinematográfica nacional.

Aliás, muitos são os exemplos de menosprezo da cultura nacional pelos próprios brasileiros.
Quem nunca viu aqueles estabelecimentos comerciais com nomes em inglês, que traduzidos não significam grande coisa. É beauty pra cá, fashion pra lá, quando poderia-se recorrer ao bom e velho protuguês.
Talvez esse menosprezo com a cutura nacional seja fruto de um pensamento errôneo de que o estrangeiro é mais chique ou sofisticado. E se você pensar, é exatamente isso que o pessoal de lá deseja: que você deseje ser como eles e, com isso, compre seus produtos.

Não vou dizer que o Brasil é o melhor país do mundo em todos os aspectos, mas os brasileiros estão cada vez mais em alta com o mundo. Somos parte da elite dos emergentes (Brics), temos um dos melhores times de futebol (masculino e feminino) e de vôlei (masculino e feminino) do mundo, somos conterrâneos de Gisele Bündchen, Paulo Coelho, Machado de Assis, Pelé, Senna, etc, temos toda a beleza do Rio de Janeiro ao nosso lado, temos a Petrobrás, a Amazônia e uma das maiores diversidades culturais do mundo!
Por isso tudo, nós deveríamos nos valorizar mais ao invés de tentar parecer com os estrangeiros, pois uma árvore só cresce se tiver boas raízes.

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Mosca na minha sopa...

Se tem uma coisa que me incomoda na mídia é o assédio aos artistas, famosos, etc.
Essa semana essa "mosca" voltou a me incomodar com toda a força após o badalado presidente de "você-sabe-onde", Obama, matar uma mosca durante uma entrevista.
O curioso foi que o fato foi altamente noticiado pelo G1, Folha, UOL, Terra e outros, chegando até a ser a "Notícia do Dia" no Jornal Hoje da Globo.
É uma falta de assunto tão grande falar sobre a mosca que o Obama matou que os meios de comunicação deveriam ter vergonha de fazê-lo. Mas, se tem gente que vê, o quê se pode fazer...

Eu fico indignado com esse assédio, pois o que tinha na mosca que o Obama matou que a difere da mosca que uma Dona Maria, que mora numa favela do Rio, mata todo dia?
E isso serve para estender o raciocínio aos paparazzi, que monitoram a vida dos famosos para conseguir um registro de como é a "incomum" vida dessas pessoas de importância tão vital na nossa sociedade (OBS.: ironia ativada).
Esses dias eu estava vendo TV e passei pela RedeTV! bem na hora que estava passando TV Fama. Eles estavam passando um "flagra" de um empresário numa praia do Rio, falando assim: "Agora reparem em como Fulano toma sol", "Vejam Fulano se dirigindo à uma ducha em um quioque", "Agora ele abriu a ducha e está se refrescando do calor". Agora, me digam: o quê tem de mais uma pessoa fazer essas coisas que qualquer um faz? Será que a areia que ele pisa é mais importante por ser a que ELE pisou?
Tanta coisa melhor para ser noticiada e um programa é inteiramente dedicado à essa falta de assunto!

Quem dera essa vigilância não fosse com o pessoal de Brasília, que estão tão secretos ultimamente... Aí nós poderíamos ver a quantas anda o dinheiro que nós colocamos na mão dos Excelentíssimos Senhores Políticos (OBS.: Ah! Essa ironia...).
Ou então que noticiassem a mosca que está andando sobre uma criança africana subnutrida, que não tem mais forças para espantar (quanto menos para matar) o inseto!
Quem sabe assim o povo não se toque e perceba a futilidade que é noticiar o que fazem ou deixam de fazer os famosos, enquanto há muitos outros assuntos carentes de atenção no Brasil e no mundo.

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Que diferença!

Desde o começo da minha faculdade, nesse ano, eu tenho "morado" em Volta Redonda (RJ).
Como eu sou de Cachoeira Paulista (SP), muitas coisas eu estranhei por lá, o que me fez pensar em muitas outras coisas. O resultado disso? Vocês poderão ver no decorrer das minhas postagens, começando por hoje.
Porém, como aqui não é o Jornal Hoje, as postagens não serão temporalmente lineares, ou seja, vou postar hoje sobre isso e voltarei a postar num futuro incerto...

Bom, explicações dadas, vamos começar falando da confiança que o carioca tem nas outras pessoas.
Esse tema me ocorreu quando eu fui pela primeira vez na padaria que tem perto de onde eu moro lá em Volta Redonda. O que eu estranhei lá foram dois fatos:
1) Você pode pegar o próprio pão!

Não sei se isso é muito comum em outros lugares, mas em Cachoeira Paulista isso não existe. Nessa padaria, você pega um saco de pão, um pegador e escolhe o pão que quiser de um cesto.

2) Você diz quantos pães pegou e paga.

Essa foi a causa do meu maior espanto: depois que você mesmo pega seus pães, você vai ao caixa e a mulher pergunta: "Quantos pães?", você fala e ela diz quanto é. Porém, ninguém confere ou anota quantos pães você pegou, ou seja, se você pegar 4 e falar 3, você pagará por 3 pães e levará 4!

Na minha cidade, parece que há um receio de que todos os consumidores são desonestos, e os comerciantes em geral tomam precauções para não saírem no prejuízo. Isso não há em Volta Redonda! Lá, todos confiam uns nos outros.

Diferentemente de muitos lugares por aí, se você, por exemplo, pedir uma informação de como chegar a um lugar a um voltaredondense ele te responderá o correto, e não te indicará na direção da China...

E essas duas coisas simples (confiança e senso de ajudar sem pretensão) estão tão em falta hoje em dia que vale a pena nos mirar no bom exemplo que esses cariocas nos dão.

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Credibilidade se conquista!

Essa semana resolvi falar de algo que está em falta atualmente em Brasília: credibilidade.
Credibilidade é a qualidade de ser crível, ou seja, de se poder acreditar em algo ou alguém.
Logo, um político necessita de credibilidade para se eleger, uma vez que os eleitores devem (ou deveriam) acreditar nas palavras de um candidato para elegê-lo.
Porém, quando o candidato eleito atinge seu cargo, muitas vezes ele pisa em todos os que votaram nele, deflagrando uma série de escândalos que minam (ou deveriam minar) a credibilidade desse político.

Quem não viu os recentes casos de Edmar Moreira, o deputado do castelo. Ou seu defensor: Sérgio Moraes, vulgo "se lixando para a opinião pública".
Mas não devemos esquecer dos mais antigos, como Paulo Maluf, Fernando Collor, Paulinho da Força, Renan Calheiros, e outros tantos que não convém citar...
Diante de tantos nomes, a pergunta é: o quê eles ainda estão fazendo em seus cargos?
A resposta é complexa, pois envolve vários direitos que os políticos têm que muitos cidadãos não têm, como julgamento diferenciado e ajudas de custos.
Porém, com a imprensa no seu encalço, o político em questão vai perdendo credibilidade com o povo, e, como consequência, não se elegeria mais, certo? Errado!
O Brasil, no que diz respeito à política, é um país horrível! Os escândalos dos nobres deputados e senadores se perdem com o tempo, resultado de manobras jurídicas um tanto quanto questionáveis e também falta de interesse popular.

Mas para fugir da mesma ladainha de que "se o povo tivesse mais interesse tudo seria melhor na política", eu digo que falta mais vergonha nos políticos.
Aqueles que deveriam estar honrados em ser nomeados pelo povo a ocupar um cargo importante nem pensam em seus eleitores ao fazerem seus escândalos. Se pensassem, sentiriam todo o peso de tirar 1 real que seja dos cofres públicos, enquanto há pessoas que trabalharam o triplo que eles para pagar seus impostos abusivos em dia!
Se os políticos pensassem assim, eles recuperariam sua credibilidade perante o povo e perante eles próprios, pois nem eles devem acreditar em suas mentiras...

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