Apagão x estilo de vida



Primeiramente gostaria de me desculpar pelo apagão. Não pelo que aconteceu na terça-feira, mas sim pelo apagão da semana passada do sempre reticente... Por motivos de força maior (provas e mais provas), eu não pude postar nada na semana passada.

Agora, vamos ao apagão nacional.

Como todos devem saber, às 10:20 do dia 10 de novembro, sem mais nem menos, a eletricidade se foi.
A causa é um tanto quanto incerta. Segundo o Terra, "três linhas de transmissão com problemas teriam causado o apagão. De acordo com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, duas das linhas vão de Ivaiporã, no Paraná, a Itaberá, no sul de São Paulo. A terceira liga Itaberá a Tijuco Preto, no sul de Minas Gerais. O problema, afirma Zimmermann, foi possivelmente causado por condições meteorológicas adversas".
O fato é que isso causou enorme furor nas pessoas e nos meios de comunicação. Como já poderíamos supor, vários jornais e sites de notícias deram destaque ao fato. Até o site Ego nos presenteou com notícias que não poderíamos ficar sem, como a falta de luz no jantar da Maddona. Para quê eu iria me preocupar com um vizinho, ou comigo mesmo, enquanto a Maddona está sofrendo com o apagão?

Mas enfim, o fato é que são acontecimentos como um apagão que me faz pensar o quanto somos dependentes de nosso atual estilo de vida.

Nos tempos das cavernas, não havia luz elétrica, mas isso não impedia os humanos (ou o que viriam a ser os humanos) de viverem.
Eu não quero dizer que deveríamos acabar com a eletricidade por causa disso. Eu quero dizer que, hoje em dia, temos mordomias que são praticamente indispensáveis para o nosso estilo de vida.
Você se imagina dormindo no chão? Ou ter que fazer fogueira para comer? Ou ter que caçar o que comer?
Pois é... Não deve ser muito agradável, não é?!
Me atrevo a dizer que muitos de nós não conseguiríamos viver se não fosse nas condições que temos atualmente. E isso não é exatamente ruim ou preocupante, afinal, se temos o que temos, foi porquê alguém pensou e inventou aquilo.
Resumindo, nós evoluímos tanto para uma melhor condição de vida quanto para uma dependência profunda à ela. A pergunta é: será que conseguiremos mantê-la para sempre?
Olha o apagão!

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Etiqueta e etiqueta



Uma coisa que eu sempre questionei é a etiqueta.
Não a etiqueta das roupas, apesar de às vezes ela também me incomodar. Mas sim a etiqueta daquela que a gente vê no Fantático com a Glória Kallil.
E é impressionante como as regras de etiqueta tem se multiplicado e tomado conta de vários comportamentos sociais. Para se ter uma ideia, existe o Manual de Etiqueta do Celular, Manual de Etiqueta da internet, Manual de Etiqueta do Sexo (1 e 2), Manual de Etiqueta da Vida Rural (!)
Porém, até que ponto nós precisamos de etiqueta?

No dicionário, etiqueta tem dois significados: pequeno rótulo e conjunto de convenções sociais.
É claro que o primeiro se refere àquela de roupas e a segunda àquela dos manuais, certo?! No dicionário sim, mas na realidade não.
Quando foi definida a etiqueta para comer "educadamente", ficou definido que comer de boca aberta é errado, que se corta os alimentos com a faca na mão direita, que se deve trocar o garfo da mão esquerda para a direita para levar a comida à boca, que se deve usar tal talher para comer tal alimento, e por aí vai...
Corrijam-me se eu estiver errado, mas isso não é rotular? Que eu saiba é...

Será que para ser educado devemos deixar de ser nós mesmos e seguir o autor de um Manual de Etiqueta?
Quero acreditar que não... Mas muitas vezes é o que parece.
E um exemplo muitíssimo claro disso é a norma de etiqueta que define que o traje correto num meio executivo é o terno-e-gravata.
Num país como o Brasil, essa é uma norma que não faz o menor sentido. A nossa média de temperatura é de mais ou menos 26º. Nesse site podemos ver a média de temperatura de várias cidades brasileiras: http://www.wunderground.com/global/BZ.html. Vendo suas informações, percebemos que as temperaturas, na maioria das cidades, é maior do que 20º.
Resumindo, na maioria das cidades, terno é sinônimo de calor e desconforto, por consequência.
Porém, ser elegante é vestir terno. Então, se você for um daqueles encalorados e trabalhar para uma empresa em que o terno é o uniforme, você deverá negar o que é para se adequar a um padrão definido por sabe-se lá quem!
Por outro lado, não acho que ir trabalhar de sunga seja o mais adequado. O bom-senso diz...
Aliás, isso é o que deveria contar: o bom-senso. É claro que o meu bom-senso pode ser diferente do seu, mas com certeza chegaríamos a um acordo!

Então, eu acredito que etiqueta é uma falta de identidade completa e que por isso, deveria ser extinta!
Seus substitutos deveriam ser: bom-senso e educação, pois boa parte do Manuais de Etiqueta são exatamente isso: educação. A outra parte, infelizmente, é padronização inadvertida...

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